sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Banho de Descarga para que serve?


Banhos de Descarga. É utilizado tanto no Candomblé, Umbanda e adeptos. É o mais conhecido, e como o próprio nome diz, o Banho de Descarga (ou descarrego) serve para descarregar e limpar o corpo astral, eliminando a precipitação de fluídos negativos (inveja, ódio, olho grande, irritação, nervosismo, etc). Suprime os males físicos externamente, adquiridos de outrem ou de locais onde estiverem os médiuns. Este banho pode ser utilizado por qualquer pessoa, desde que seguindo as recomendações das Entidades,Guias Espirituais ou do seu Pai ou Mãe de Santo.
Estes banhos servem para livrar o indivíduo de cargas energéticas negativas. Conforme vivemos, vamos passando por vários ambientes, trocamos impressões com todo o tipo de indivíduo e como estamos num planeta atrasado em evolução espiritual, a predominância do mal e de energias negativas são abundantes. Todos estes pensamentos, ações, vão criando larvas astrais, miasmas e etc., que vão se aderindo à aura das pessoas. Por mais que nos vigiemos, ora ou outra caímos com o nosso nível vibratório e imediatamente estamos entrando nesta faixa vibratória.

Tipos de Banhos: Basicamente existem dois tipos de banho, de Descarga/Limpeza e de Energização/Fixação.

A Defumação


Em todos os terreiros de umbanda iremos nos deparar com um momento chamado defumação. 
A defumação é a queima de algumas ervas e resinas e sua transformação em fumaça pela ação do fogo. Exalando e soltando suas essências. Assim a defumação vem trazer a força e a magia das ervas e assim dos Orixás.  Atrair energias positivas.

A defumação ao mesmo tempo em que serve como uma grande vassoura astral serve como um imã de boas energias, cabendo aos seres daquela localidade manter um padrão vibratório alto que a localidade permanecerá com muita energia positiva.
Além de suas propriedades astrais a defumação ajuda a mente do médium e da assistência, ou dos residentes daquele local, a entrarem em contato com os guias e protetores. Ou seja, o perfume da defumação estimula nossos centros nervosos (plexos) a captarem com mais qualidade as energias superiores, mantendo a mente da pessoa mais concentrada e propícia a esta percepção.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O uso das velas


A Vela é o maior elemento e instrumento mágico presente na Umbanda. Praticamente nenhum trabalho é realizado sem a presença de pelo menos uma vela.
A vela sintetiza os quatros elementos com destaque para o fogo e a terra. Em geral, as velas são produzidas pela parafina que é um derivado do petróleo, que nada mais é do que elementos orgânicos em milhares de anos acumulados e decompostos. Há algumas velas que são produzidas por cera, seja cera de carnaúba (uma árvore, palmeira, do Nordeste), ou cera de abelha. As duas também são produtos orgânicos.
A principal intenção de uma vela é a iluminação, o caminho de luz. É a chama de uma vela que simboliza a presença da energia iluminada, a representação da energia que a entidade ou que nós estamos querendo trazer.
Além disso, a vela é um elo, uma ligação entre aquele que está pedindo, aquele a quem o pedido é destinado Orixá, Deus, entidade, e aquele para quem o pedido é, podendo ser a própria pessoa ou seu familiar, amigo, etc., ou seja, o destinatário do pedido. Por isso a importância da atenção e da concentração no momento de acendermos uma vela.
A vela pela própria ação do fogo simboliza a magia: a terra sob a ação do fogo se transforma em ar e água.

O uso do álcool na Umbanda



Uma das coisas que faz com que muitos tenham preconceito e até aversão a Umbanda é a utilização de bebidas alcoólicas pelas entidades. Antes de explicarmos a razão e os mistérios desse fundamento, vamos fazer um paralelo com outras religiões.

Qual foi um dos milagres de Jesus Cristo, a água transformada em vinho. Na Igreja Católica Apostólica Romana e nas Católicas Ortodoxas no sacramento da eucaristia o pão representa a carne de Cristo e o Vinho representa o sangue de Cristo, em uma ação que remete à última ceia, demonstrando a união de todos, a comunhão dos fiéis com o filho de Deus.

Em muitas religiões da África o vinho de palma, entre outras bebidas com teor alcoólico, são néctares das divindades.

Enfim, diversas são as religiões que se utilizam da bebida alcoólica como um de seus fundamentos.

Na Umbanda não é diferente, o álcool tem um significado e uma utilização clara e com muito fundamento.


O álcool representa em si mesmo a essência dos elementos: é líquido, veio da terra (cana), pega fogo e é extremamente volátil. É da própria constituição que se assemelha ao éter, e assim à passagem do plano material para o etéreo.

Não só do ponto de vista magístico, mas de outros pontos de vista existe a razão da utilização desse elemento. Comprovadamente é um anti-séptico, ou seja, limpa e desinfeta regiões.

É utilizado como desinfetante. Junto com a água serve como excelente diluidor. O álcool 70 (álcool a 70%) é muito utilizado em hospitais e clínicas para a limpeza (assepsia) das mãos e de balcões e utensílios. O álcool de cereais é utilizado em muitos medicamentos para a sua conservação e diluição. O álcool em forma de brandy é utilizado na homeopatia e na medicina floral para a conservação dos medicamentos. Isto para citar alguns exemplos do uso desta substância.

Sua geometria química também auxilia na modelação e materialização (desmaterialização) no plano astral, permitindo que as entidades se utilizem da matéria etérica do álcool para as curas e desinfecções, além de seus efeitos no campo astral na limpeza de miasmas, larvas astrais e outros tipos de concentrações de energias deletérias.

Junto com o fogo e com a fumaça (defumação e tabaco) são essenciais na destruição de campos deletérios e de vínculos realizados por feitiçaria. Ou seja, há uma razão para a utilização do álcool, sob diversos pontos de vista.

A pergunta que permanece e gera controvérsia é a ingestão das bebidas alcoólicas pelos médiuns incorporados. Para começarmos a responder esta pergunta, primeiro temos que observar que nenhum médium ingere bebidas alcoólicas antes de suas incorporações, aliás, devemos nos abster, pelo menos, 24horas antes do início das giras de qualquer bebida alcoólica. Nenhum médium se embriaga, não há a ingestão de bebidas em quantidades exorbitante.

Assim, as bebidas alcoólicas ingeridas pelos médiuns já incorporados não é feito para entrarem em um estado de consciência alterado, ou para entrarem em transe, uma vez que se o fizessem com esta finalidade deveriam fazer antes de sua manifestação mediúnica, e não após a mesma.

Ou seja, o álcool ingerido serve a outros propósitos que não o da embriaguez, ou para a alteração dos estados de consciência. “Mas se não tem esta razão por que se deve bebê-lo, e não apenas ter este elemento no ponto, ou no chão?” Alguns podem ainda questionar. Primeiramente devemos recordar que o álcool ingerido tem sua eliminação prioritariamente pelo sistema respiratório, ou seja, pelo pulmão.

Quando o álcool é absorvido pelo organismo, a primeira e maior parte do álcool é expelido na nossa respiração, é por isto que o bafômetro pode detectar quem ingeriu e quem não ingeriu álcool e qual a sua quantidade. Assim quando um médium incorporado toma a bebida alcoólica imediatamente ele começará a ser eliminado pelos pulmões. E o que é que as entidades fazem? Não dão sopros ou baforadas para limpar e ajudar a assistência? Não vão em suas consultas administrar vibrações, passes, e com eles aplicar sopros? É neste momento que o astral irá manipular o álcool para criar as condições necessárias para a limpeza, a materialização ou desmaterialização.

Então a entidade incorporada começa a soprar, dar suas baforadas nos consulentes criando as condições materiais e astrais para a realização da magia da Umbanda, sob o axé e a graça dos Orixás.

Cabe ainda ressaltar a importância do sopro. Em um mito temos que Nanã deu o barro para Obatalá moldar os humanos, este protegido e assistido por Exu moldou e deu forma ao homem e a mulher, mas quem deu a vida, o espírito foi Olorum com o seu sopro. História muito semelhante encontraremos na Bíblia, no livro do Gênesis, em que do barro Deus fez o homem e com o sopro lhe deu a vida. Os alquimistas e muitos cientistas dos séculos passados acreditavam que o sopro era a fonte de vida. Chamava o sopro a essência vital, sem ele não haveria vida. Os pajés em suas curas sempre fazem uso do sopro. As mães e pais quando um filho se afoga, se machuca logo vão assoprar suas crianças para lhe ajudarem. O que queremos dizer é que é pelo sopro que passamos nossa energia vital, nossa vontade, nossas energias curadoras.

Com este ato, aliado ao álcool que criará as condições materiais e etéricas para a cura, aliado aos elementais, as energias da natureza, ao ectoplasma dos médiuns e a energia astral dos Guias e dos Orixás é que a Umbanda faz seu trabalho.

Enfim, o álcool é um dos fundamentos da Umbanda e é muito utilizado na magia e nas mirongas, saber o porquê de seu uso, e combater o preconceito quanto a ele, somente engrandece nossa força, e traz respeito aos fundamentos e a maneira de fazer caridade da Umbanda.